A pandemia do novo Coronavírus em Manaus submeteu o Sistema Único de Saúde a situações nunca vivenciadas, culminando em medidas de organização, cujas vias alternativas práticas e ágeis para os usuários foram pensadas e implementadas, apesar de eventos adversos terem ocorrido durante a segunda onda da pandemia. Deste modo, propõe-se analisar o fluxograma de atendimento em caso de suspeita de COVID-19, com o recorte da população idosa, bem como a rede de atenção e sua correlação com outras linhas de cuidado. Outrossim, esse capítulo tem como objetivo mostrar e analisar o funcionamento dessa rede de atenção à Saúde frente à pandemia, sua organização e destacar pontos positivos e negativos desse processo sob o ponto de vista de estudantes de medicina da Universidade Federal do Amazonas. Esta foi uma pesquisa realizada a partir da análise de dados secundários com abordagem quali quantitativa descritiva do panorama da COVID-19 em idosos no estado do Amazonas. Para isto, foram analisados: documentos, sites, análise de dados secundários e relato de dois atores chave da rede de atenção, os profissionais médicos, sem característica científica, e o usuário da rede de atenção. Os resultados encontrados sinalizam de forma dicotômica entre esperados e encontrados, com a preparação do sistema de saúde antes mesmo dos primeiros casos, medidas de higiene e distanciamento social de um lado e dados oficiais revelando o número alto de casos, mortes e a crise hospitalar de oxigênio de outro, revelando a carência de medidas rápidas em situações extremas. Os dados mostram a tentativa do Estado em organizar o fluxo de atendimento para pacientes acometidos pelo coronavírus, prometendo dinamismo e facilidade ao acesso do atendimento. No entanto, dados oficiais demonstraram que a flexibilização das medidas de biossegurança e a ausência de medidas rígidas de distanciamento social levaram ao colapso do sistema hospitalar de Manaus.