A gravidez adolescente é um fenômeno que tem chamado a atenção de muitos estudiosos, em destaque por ser multifacetada, tendo seu invólucro nos padrões biopsíquicos, e fortemente atrelada às questões socioeducacionais e culturais. O Brasil, por décadas, esteve entre os países com índices mais elevados de gestação/maternidade antes dos 19 anos. Este estudo tem o objetivo de apresentar os dados epidemiológicos de nascidos vivos e óbitos fetais de parturientes menores de 19 anos na capital da Bahia, no período de 2016 a 2020. Os dados foram extraídos das plataformas do DATASUS a partir das variáveis; idade da parturiente, local e ano do parto e os números totais de cada município. Os resultados encontrados apontam que nos últimos cinco anos (2016-2020) houve um leve declínio nos índices gerais, e essa queda foi acompanhada pelos dados relativos a puérperas adolescentes. Esse declive denuncia a prevenção a gestação indesejada das mulheres, em geral, e em especial, nas adolescentes. No entanto, os dados ainda são altos e a necessidade de ações educativas dirigidas a essa parcela da população deve ser contínua, além de serem necessários grandes investimentos em políticas socioeducacionais que dê aos jovens espaço para terem proposições produtivas com um futuro mais promissor.