Nas últimas décadas o Brasil está vivenciando um perfil de transição demográfica de sua população, com redução nas taxas de natalidade e mortalidade devido ao desenvolvimento econômico e urbanização. Esse fato altera de maneira significativa características epidemiológicas, levando, por exemplo, ao aumento da prevalência de doenças crônico degenerativas relacionadas ao envelhecimento populacional. O estudo analisou 133 prontuários de idosos acima de 60 anos em uso de polifarmácia na UBS Aclimação no município de Maringá – PR, datados de Janeiro de 2022 a Março de 2023. Mulheres representaram 66,4% dos casos, coincidindo com estudos nacionais. A polifarmácia foi mais prevalente em mulheres entre 70-79 anos, corroborando pesquisas anteriores. Fatores sociodemográficos, como baixa escolaridade, podem estar associados ao desenvolvimento de polifarmácia. As doenças mais comuns para quais as mulheres da amostra receberam tratamento medicamentoso foram hipertensão, dislipidemia, diabetes e hipotireoidismo. Houve prevalência do uso de sinvastatina, losartana e levotiroxina entre os medicamentos mais utilizados. O uso inadequado de algumas drogas também foi observado, como e inibidores de bomba de prótons e benzodiazepínico. Em resumo, o estudo observou que idosas estão mais suscetíveis aos riscos da polifarmácia, destacando a importância da Atenção Primária na avaliação criteriosa das prescrições e nas práticas seguras de prescrição.