Objetivo: Verificar o perfil epidemiológico das vítimas de Acidentes de Trabalho (ATs), entre 2012 e 2021, no Brasil, a partir dos dados fornecidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Ministério da Saúde. Também objetivou fazer uma comparação entre os casos notificados pelo SINAN com os números divulgados pelos Anuários Estatístico de Acidentes do Trabalho (AEAT), da Previdência Social. Metodologia: Para verificar o perfil epidemiológico das vítimas, os dados do SINAN foram analisados pelo software R versão 4.3.1. Para fins comparativos, foram utilizados os AEATs disponíveis na plataforma do Governo Federal. Resultados: As regiões Sudeste e Sul do país concentraram o maior número de casos, bem como o estado de São Paulo. A maiorias das vítimas eram homens, autodeclarados brancos e com escolaridade acima de 12 anos. Muitos ficaram com sequelas, havendo os que sofreram amputações e os casos que evoluíram para óbito. Ao comparar os números do SINAN com os AEATs, percebeuse uma grande discrepância entre os sistemas. Conclusão: Os ATs geram traumas irreparáveis e perdas econômicas significativas, sendo necessário promover a prevenção e a conscientização dentro das empresas. A discrepância entre os ATs registrados pelos dois sistemas, revelam a necessidade de uma padronização desses registros.