Estudo transversal com o objetivo de identificar a prevalência de transtornos mentais comuns entre pessoas em uso de psicofármacos. Participaram 59 pessoas, que habitam na área de abrangência de uma unidade básica de saúde em Guarapuava, Paraná, e que fazem uso de um ou mais psicofármacos. A coleta de dados ocorreu de janeiro a maio de 2022 por meio de entrevistas semiestruturadas. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva. Entre os principais resultados, constatou-se maior prevalência de depressão (n=30; 50,85%) e ansiedade (n=27; 45,76%). Além disso, 79,66% (47) negam acompanhamento em algum serviço de saúde mental e 62,71% (37) relataram não haver abordagem em saúde mental durante as consultas. Ainda, quanto à presença de outras comorbidades, predominou Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus, isoladas ou associadas a outras doenças. Evidenciou-se, assim, o perfil de baixo risco dos usuários, reforçando o papel da Atenção Básica na rede para o acompanhamento dessas demandas. Cabe ressaltar a importância de investimentos em capacitação em saúde mental para as equipes de saúde, bem como em processos educativos que favoreçam a superação do estigma relacionado aos transtornos mentais e a promoção de ações que fortaleçam a conexão entre os diferentes pontos da rede.