Este é um trabalho que visa traçar as relações entre o exercício da escrita e a promoção de saúde mental e vida. Para tanto, tornam-se necessários diversos afastamentos em relação às racionalidades médicas assentadas exclusivamente em uma perspetiva biomédica e farmacológica. Neste movimento, interessa pensar a tecnologia da escrita em seu eixo ontológico, apreendendo a escrita na sua interface subjetiva, no campo propício aos processos de subjetivação da contemporaneidade — terreno fértil à emergência dos afetos. Destarte, serão imprescindíveis as pistas presentes na corrente de pensamento intitulada por Filosofia da Diferença, além das contribuições de Conceição Evaristo e sua escrevivência. Sob essas instrumentalizações, pode-se encontrar intercruzamentos entre as concepções a respeito da tecnologia escrita enquanto produtora de saúde, vida e mundos possíveis de serem habitados.