Introdução: A técnica de Isotope Assignment é frequentemente utilizada em investigações forenses para auxiliar na identificação de restos mortais, correlacionando proporções isotópicas com a localização geográfica. Objetivo: Apresentar a técnica da isotopia forense e destacar seu mérito em investigações, seu uso em determinadas matrizes biológicas e importância na identificação de restos mortais. Metodologia: A pesquisa foi realizada utilizando as bases de dados: PubMed, ResearchGate e Google Scholar, visando obter informações relevantes sobre o tema da isotopia forense. Foram utilizados descritores específicos como: “isotopia forense”, “isotopia”, “isoscape” e “isotope analysis”. Desta pesquisa foram selecionados trabalhos relevantes para o tema. Resultados e discussões: Isótopos estáveis encontrados em tecidos humanos revelam informações sobre dieta, origem e histórico de viagens. Hidrogênio, Carbono, Nitrogênio, Oxigênio, Enxofre, Estrôncio e Chumbo são os isótopos mais usados. Por meio de mapas chamados Isoscapes, que correlacionam proporções isotópicas estáveis com diferentes regiões geográficas, é possível analisar e interpretar os dados isotópicos no contexto espacial. Essa técnica é amplamente aplicada na ciência forense como uma ferramenta para elucidar casos de vítimas não identificadas, além de possuir grande potencial em situações humanitárias. Conclusões: Embora a consolidação dessa técnica como
um método analítico fundamental seja gradual, a isotopia forense tem se mostrado como uma grande ferramenta em fornecer informações em casos sensíveis. No entanto, desafios como a disponibilidade limitada de matrizes biológicas em certos casos, restrições financeiras e a necessidade de procedimentos operacionais padrão ainda precisam ser superados. É essencial que essa abordagem seja reconhecida e valorizada pelo seu papel crescente na investigação em medicina legal, pois representa o futuro da análise probatória e do processamento de vítimas.