A crise política e econômica que assola a Venezuela fez com que investimentos na área da saúde fossem cada mais escassos, acarretando a falta de medicamentos, suprimentos e vacinas. Consequentemente, os venezuelanos que precisam de atendimento médico, têm migrado para outros países, porém nem todos os países estão preparados para recebê-los. Estima-se que mais de 7 milhões de venezuelanos deixaram a Venezuela. Desse total, quase 500 mil estão no Brasil e cerca de 2 mil estão na região metropolitana de Goiânia, Estado de Goiás. Assim, no presente capítulo, buscou-se analisar se a população venezuelana se desloca para a região metropolitana de Goiânia em busca de atendimento médico-hospitalar; caso afirmativo, apresentar os desafios encontrados pelas equipes de saúde e sugerir ações imediatas de melhorias. Para isso, realizou-se uma pesquisa exploratória de caráter quanti-qualitativo com 127 venezuelanos. Como resultado, foi apresentado o retrato da ausência de atendimento domiciliar, as principais normas jurídicas de cunho internacional e nacional sobre o direito à saúde voltado aos imigrantes, a necessidade de capacitação dos servidores públicos estaduais e possíveis soluções imediatas para o cenário encontrado.