Introdução: O sucesso da prática anestésica e intervenções cirúrgicas na mandíbula é dependente de se localizar adequadamente os canais mandibulares. Entretanto, canais mandibulares acessórios e/ou caminhos alternativos seguidos pelo nervo alveolar inferior podem existir, diminuindo possibilidade de sucesso. Objetivo: Revisar a literatura acerca das variações anatômicas dos canais mandibulares. Metodologia: Foi realizada busca na literatura na base de dados PubMed utilizando-se os descritores “variação anatômica”, “mandíbula” e “exame de imagem”. Resultados: Canais mandibulares bífidos apresentam um canal intraósseo extranumerário. Estudos com tomografia computadorizada relataram prevalência entre 15,6% e 65%, com diâmetro médio de 1,5mm, sendo que canais mandibulares normais (únicos) apresentaram média de 3,3mm. Estudos relataram prevalência de 25% de canais retromolares associados a forames. O canal incisivo mandibular representa continuidade anterior do canal mandibular. O canal mandibular normalmente apresenta trajeto superior e lateral em direção ao forame mentual. O canal pode ultrapassá-lo anteriormente, curvando-se de volta em direção ao forame mentual em forma de loop, com prevalência de 28% a 71% e extensão de até 9mm. Conclusões: Variações anatômicas no calibre, extensão e trajeto do canal mandibular e presença de forames adicionais não são raros, de frequência variável, o que acarreta a possibilidade de intercorrências em procedimentos odontológicos.