O objetivo deste estudo foi avaliar a autopercepção de saúde bucal de gestantes usuárias de unidades de saúde da família. Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa, no qual foram realizadas entrevistas com questionários entre as gestantes atendidas nas unidades de saúde da família de Caetés-PE. A amostra foi composta por 49 gestantes com média de idade de 25,6 anos, estando 40,8% no 2º e 36,7% no 3º trimestre de gravidez. A maioria (93,9%) tinha renda familiar de até um salário mínimo e ensino fundamental incompleto (47%). 65,3% afirmaram possuir queixas bucais, destas 62,5% citaram sangramento gengival e 59,4% cárie. Em relação ao estado de saúde bucal, 42,9% consideraram regular, 46,9% boa, 6,1% ótimo ou excelente e 4,1% como ruim. Grande parte das mulheres considera a consulta odontológica muito importante (75,5%) e segura para a realização de procedimentos (77,5%) e 49% foram ao dentista durante a gestação. As gestantes apresentaram uma autopercepção positiva da saúde bucal, mesmo apresentando queixas bucais. Portanto, se faz necessária maior conscientização dos profissionais da equipe, para que haja maior adesão ao pré-natal odontológico, proporcionando uma assistência integral e melhora na qualidade de vida destas pacientes.