Realizou-se uma revisão sistemática da literatura, que seguiu a diretriz PRISMA, a qual buscou responder à seguinte questão norteadora: “A depressão pós-parto influencia na interrupção precoce da amamentação?” construída a partir da estratégia População, Intervenção/Exposição, Controle, Resultados e Desenho de estudo (PICOs). Foi realizada em 2 de junho de 2023, nas bases de dados PubMed, Scopus e Web of Science com os seguintes descritores: “depressão”, “pós-parto OR pós-natal” “depressão AND gestante AND amamentação”. Foram encontrados 233 artigos, com inclusão final de 9. A maioria dos estudos apresentou diversos indícios de associação entre depressão pós-parto e interrupção precoce da amamentação. Primeiramente, destaca-se a relação inversamente proporcional entre a intensidade das manifestações depressivas no cuidado pós-natal e a oferta de nutrição materna. Além disso, a ocorrência de dores, dificuldades na amamentação e atitudes negativas em relação ao processo de lactação dificulta a persistência da amamentação quando associada à depressão pós-parto. Estudos apontam a existência de relação de causalidade entre a interrupção precoce da amamentação e a depressão pós-parto. Estes ainda estão associados a diversos fatores socioeconômicos, fisiológicos e ocupacionais.