O queratocisto odontogênico (QO), é caracterizado como um cisto odontogênico de acordo com a classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 2017. É uma lesão benigna, porém localmente invasiva, de comportamento destrutivo, e com altas taxas de recidiva. Ocorre predominantemente em mandíbula, principalmente em homens na faixa etária de 20 e 30 anos, embora possa manifestar-se em outras idades. A lesão, geralmente assintomática e sem sintomatologia dolorosa, pode ser diagnosticada por exames radiográficos, contudo, a confirmação se dá mediante análise histopatológica. O tratamento do QO pode ser agressivo ou conservador, sendo que a enucleação simples apresenta altas taxas de recidiva. Para minimizar esse risco, são recomendados tratamentos adjuvantes como a solução de Carnoy e a ostectomia. Tratamentos mais radicais, a exemplo da ressecção, são reservados para casos mais graves devido à sua alta morbidade. A proservação é essencial, especialmente nos primeiros cinco anos, período crítico para recidiva. Nesse contexto, a escolha do tratamento deve ser de acordo com a necessidade de cada paciente, considerando as características da lesão e visando o bem-estar, de forma a equilibrar eficácia terapêutica, preservação funcional e estética.