A obesidade é o acúmulo excessivo de gordura corporal que pode atingir graus capazes de prejudicar a saúde, sendo considerada um problema de saúde pública. No Brasil e no mundo, a prevalência de obesidade aumentou vertiginosamente, sendo este grupo susceptível a estigmas relacionados ao peso, os quais podem levar a comportamentos alimentares de risco. Esse estudo teve como objetivo analisar a associação entre os comportamentos alimentares de risco para TA, variáveis antropométricas, prática de atividades físicas e uso de recursos ergogênicos em estudantes de Nutrição. Estudo do tipo transversal realizado com estudantes maiores de 18 anos, matriculados no curso de nutrição da Universidade Federal do Acre. Foram utilizados para a coleta de dados um questionário para avaliação do estado nutricional, prática de atividade física, uso de suplementos e esteroides, além do questionário simplificado para triagem de comportamentos de risco para TA. Os dados foram submetidos ao teste de qui-quadrado (X2) de Pearson e a regressão logística não condicional. Todos os procedimentos foram aprovados pelo CEP da UFAC com n°4.252.314. Foram investigados 138 participantes, onde 59,4% praticavam atividade física, 20,3% consumiam suplementos alimentares e 2,2% usavam esteroides. Dados antropométricos revelaram que 2,9% estavam classificados como abaixo do peso, 31,4% como sobrepeso, 51,8% como eutróficos e 13,9% como obesos. A frequência de comportamento de risco para TA foi de 30,4%, destacando-se o consumo excessivo de alimentos (25,1%) e a prática de restrição alimentar (7,9%). A obesidade foi o único fator associado ao comportamento de risco para TA ajustado por sexo e idade, onde a chance de um estudante universitário com comportamento de risco para TA ter obesidade foi 3,27. Destacamos que novos estudos devem ser realizados para discussão sobre essa temática de grande importância que tem crescido significativamente com o passar dos anos.