Este artigo explora a prescrição social (PS) como uma abordagem multidimensional para promover o bem-estar e reduzir as desigualdades na saúde. A PS baseia-se no reconhecimento de que a saúde é influenciada não só por fatores biológicos, mas também por determinantes sociais, económicos e psicológicos. Esta estratégia une os pacientes a recursos e atividades comunitárias, com o intuito de promover a inclusão social, melhorar a saúde mental e física, e combater o isolamento social. Através de teorias sobre os determinantes sociais da saúde e do modelo biopsicossocial, a PS oferece uma resposta holística aos desafios da saúde, integrando fatores sociais e comunitários nos cuidados de saúde. No entanto, a sua implementação enfrenta desafios como a falta de padronização, a integração limitada entre a saúde e as comunidades, a escassez de recursos financeiros e a formação insuficiente de profissionais. Estas barreiras dificultam a avaliação e replicação de programas de PS, limitando o seu impacto. O artigo conclui que, para superar estes desafios, são necessários esforços coordenados, melhor formação e apoio financeiro, de modo a tornar a PS uma ferramenta eficaz para reduzir disparidades e melhorar o bem-estar das populações vulneráveis.