Leishmaniose Visceral (LV) é uma das principais doenças zoonóticas que acometem animais domésticos, podendo ser transmitida entre seres humanos e animais, precisa de vetor para transmissão, mas, fatores ambientais e socioeconômicos, como condições inadequadas de habitação e saneamento básico, influenciam a disseminação da doença, sendo considerada uma doença tropical negligenciada. Por se tratar de uma doença de ampla distribuição, com importante demanda de atuação da Medicina Veterinária, buscou-se compreender aspectos importantes, especialmente relacionados a atuação do Médico Veterinário, no diagnóstico, tratamento, controle e prevenção das Leishmanioses. Os sintomas das leishmanioses podem variar de acordo com a espécie afetada, mas são comumente inespecíficos. O medicamento regulamentado para o tratamento da LV em cães é a Miltefosina. Medidas de prevenção e controle da leishmaniose, incluindo o uso de coleiras impregnadas e exames sorológicos. Na abordagem da saúde única destaca-se a importância das ações de vigilância pública das leishmanioses, inclusive relacionada a eutanásia de animais que positivam para afecção, pois é uma prática delicada, porém necessária em alguns casos para evitar o risco à saúde humana e de outros animais. A importância da Medicina Veterinária na vigilância sanitária, epidemiológica e ambiental é ressaltada, assim como sua competência para implementar a eutanásia e ações de controle da doença.