Este estudo buscou identificar e mapear os conhecimentos existentes entre os impactos do COVID-19 na Síndrome de Burnout entre policiais. Trata-se de uma revisão de estudos mistos que combina métodos de revisão, usando estudos quantitativos com qualitativos ou os próprios resultados com estudos de processo. Foram realizadas buscas da PubMed e Scopus. Restringiu-se aos artigos publicados em periódicos indexados na área da saúde, no ano inicial de 2020, utilizando os descritores e operador booleano (“Burnout” and “Covid-19” and “Police). Foram identificados 52 estudos. Os artigos coletados foram lidos e incorporados em arcabouço descritivo para observar o texto de cada artigo. Por fim realizou-se uma análise qualitativa dos conteúdos e foram criadas categorias que emergiram da análise. A comunicação dos resultados, através de constituição temática na forma de resumos narrativos. Os estudos sinalizam que o contexto do SARS-CoV2 impactou nos fatores de estresse relacionados ao trabalho e no nível de estresse das forças policiais. A pandemia produziu mudanças cotidianas importantes na vida social e familiar de trabalhadores essenciais relacionadas à possibilidade de doença e morte. Diante de um quadro tão complexo, nasce a dúvida se todos os casos de estresse, ansiedade e SB observados entre policiais são atribuíveis a epidemias, ou se alguns existiam antes da pandemia ou eram devidos a problemas comuns de atividades laborais. Destacamos a verificação da necessidade de oferta de tratamento psicológico e psiquiátrico aos policiais. Com isso, se faz necessária a realização de pesquisas longitudinais para monitorar a iminência de instalação da Síndrome de Burnout entre policiais e assim implementar, de forma precoce, programas para reduzir o estresse e promover hábitos de vida saudáveis e de estabelecer programas preventivos.