O contexto da pandemia tem exigido mudanças nas práticas profissionais da Psicologia hospitalar, principalmente no manejo das questões de morte e luto. Considerando a rapidez do curso natural da doença, das perdas em curto espaço de tempo, as dificuldades para realização de rituais de despedida, bem como de rituais funerários, a experiência de luto pode ser dificultada gerando adoecimento psíquico. O objetivo deste estudo é sistematizar conhecimentos sobre a atuação do psicólogo hospitalar em casos de terminalidade e luto e identificar as práticas de psicólogos em contexto de pandemia. Por meio de revisão da literatura, foram sumarizadas experiências relatadas no Brasil através de um levantamento bibliográfico nas bases de dados. SciELO, PePSIC, Google acadêmico e livros. Os resultados deste estudo nos levam a concluir que em decorrência da COVID-19, muitas pessoas vivenciam o luto antecipatório e luto complicado, causado pelos sentimentos de medo e ansiedade diante das preocupações e incertezas quanto ao futuro e acometimento pessoal e de familiares. Nesse cenário, novas práticas de assistência aos pacientes, como, organização de visitas familiares virtuais, atendimentos psicológicos on-line e construções de formas alternativas e respeitosas para ritualização dos processos vividos como funerais online, enterros escalonados, entre familiares e amigos, parecem essências para o enfretamento.