A planta Cannabis Sativa, popularmente conhecida como maconha, tem sido utilizada amplamente pelos humano para fins recreativos. Porém, cada vez mais tem sido comprovado o uso benéfico dos princípios ativos dessa planta para fins terapêuticos, devido a atuação do sistema canabinóide que produz substâncias naturais, responsáveis por modular múltiplos processos orgânicos específicos, que podem ter funções importantes no sistema nervoso central e periférico. Assim, estudos trazem que a utilização da maconha como tratamento terapêutico pode ter resultados positivos principalmente às pessoas que convivem com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), uma condição associada ao neurodesenvolvimento. Este trabalho tem como objetivo analisar as pesquisas publicadas sobre os benefícios do uso dos compostos da cannabis na redução dos agravos apresentados pelo transtorno do espectro autista. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, de natureza qualitativa. Para estabelecer a amostra de estudo foram inclusos apenas artigos publicados há seis anos, que tinham intimidade com o objetivo da pesquisa. Os 10 artigos que compuseram a amostra final deste trabalho evidenciam uma melhora no quadro clínico e na qualidade de vida dos pacientes portadores de autismos após utilização da cannabis como tratamento medicinal. O estudo e a comercialização dos produtos derivados da planta é uma esperança para os parentes que querem proporcionar um desenvolvimento social, cognitivo, intelectual e dignos para as pessoas que convivem com TEA. É de extrema importância que os resultados obtidos com o tratamento terapêutico sejam divulgados, estudados e replicados para a sociedade/comunidade brasileira para que este recurso chegue para as pessoas de qualquer classe social.