O uso medicinal da Cannabis sativa L. existe desde 2700 a.C, contudo após séculos sua utilização passou ser proibida e criminalizada. No entanto, estudos já demonstram os benefícios do seu uso terapêutico. Por meio de uma revisão integrativa, o objetivo da atual pesquisa é explorar e apresentar os efeitos terapêuticos de alguns dos princípios ativos da C. sativa, os fitocanabinoides, para o tratamento alternativo de doenças neurodegenerativas e outros transtornos do sistema nervoso central. Após a obtenção de artigos que ex ploram essa temática, por meio da pesquisa das seguintes bases de dados científicos: Biblioteca Virtual em Saúde, SciELO, PubMed e o Portal de Periódicos da CAPES, mediante o uso dos seguintes descritores: ‘cannabis’, ‘canabidiol’, ‘canabinoides’, ‘THC’, ‘Alzheimer’, ‘Parkinson’, ‘convulsão’, ‘epilepsia’ e seus equivalentes em inglês, foi possível realizar o levantamento dos resultados. O fitocanabinoide não psicoativo, o canabidiol (CBD) foi capaz de reduzir até 75% das convulsões em doenças como a síndrome de Lennox-Gastaut, a síndrome de Dravet e nas epilepsias refratárias, além de demonstrar um caráter neuroprotetor, anti-inflamatório e ansiolítico na doença de Alzheimer e Parkinson, chegando a reduzir 24% dos tremores na doença de Parkinson. Já o fitocanabinoide psicoativo, o delta-9-tetrahidrocanabinol (?9-THC) se mostrou com um alto poder antioxidante. Diante disso foi possível inferir que os fitocanabinoides aqui estudados possuem relevante potencial terapêutico, podendo ser aliados para o tratamento de diversas doenças neurológicas.