Atualmente no Brasil, aproximadamente 5% da população é surda. Além do reconhecimento oficial e independente da Língua Brasileira de Sinais (Libras), ainda faltam no país políticas educacionais efetivas e inclusivas para este público. Isso é visto pela estrutura básica dos métodos de ensino, com base na cultura da ouvinte, o que leva à desigualdade discrepante na aprendizagem entre crianças surdas e ouvintes, prejudicando a primeira infância. Na Educação Alimentar e Nutricional (EAN), essa falta de acesso às informações necessárias aumentam as chances da comunidade surda de desenvolver problemas relacionados à alimentação, como Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT). Assim, evidencia-se a necessidade em realizar ações educativas pautadas na educação bilíngue à essa parcela especial da população. O estudo propôs a elaboração de materiais educativos com o tema alimentação saudável para viabilizar o acesso a esse conteúdo de maneira mais eficaz para este público. Observou-se por meio das intervenções, maior preferência alimentar por alimentos ultraprocessados, pois os alunos utilizaram frases em Libras como " Miojo amo" e " Refrigerante amo" para indicar sua preferência e consumo. A escassez de conhecimentos básicos na área de nutrição foi perceptível em todo o grupo participante, embora o interesse em aprender e entender esta área da ciência também tenha sido demonstrado.