Introdução: Os estudos enfatizam o quanto uma pandemia pode afetar de forma negativa e radical os fatores relacionados à saúde mental e que ainda prevalecem protocolos focados no combate ao agente patogênico e na saúde física das pessoas, que se limitam à biossegurança. A prática de educação em saúde promovida por enfermeiros tem sido destacada como possibilidade de promover a saúde mental por meio do compartilhamento de saberes, em que os indivíduos são encorajados a manifestar suas reais necessidades na vida. Objetivou-se com este estudo compreender o processo de educação em saúde praticada por enfermeiros como estratégia para promoção da saúde mental no contexto da pandemia de COVID-19. Métodos: realizou-se uma revisão integrativa da literatura, de caráter qualitativo. Para a apresentação dos resultados, foi realizada a Análise de Conteúdo. Resultados e discussões: A educação em saúde praticada por enfermeiros valoriza a formação e aperfeiçoamento do pensamento crítico, ampliando a compreensão dos indivíduos acerca do processo saúde/doença; o cuidado de si e a capacidade de lidar com seus potenciais, incentivando-os e ampliando a sua autonomia para lutar pelos direitos à saúde e uma melhor qualidade de vida. Enfatiza-se que mesmo após esse período de crise pandêmica, as pessoas continuarão a buscar os serviços de saúde, pois os problemas de saúde não se resolverão tão logo a mesma seja debelada. Portanto, a relação profissional-população continuará a ocorrer e a aposta nas tecnologias leves, com destaque para a educação em saúde focada em cuidado humanizado, são fundamentais para a promoção da saúde mental. Considerações finais: A abrangência da educação em saúde no contexto da saúde mental está para além da troca de conhecimentos e saberes entre os sujeitos envolvidos. No atual contexto de pandemia de COVID-19, a expectativa é de que o processo educativo ofereça subsídios para melhorias das condições de vida e de saúde.