Diversos aspectos influenciam na criação de expectativas e na imagem de si durante a gravidez. As mulheres que passam pelos meses à espera do parto criam diferentes perspectivas sobre o processo até o nascimento do bebê. Este estudo descreveu a representação da gravidez para a própria grávida de uma Unidade Básica de Saúde. Estudo de campo, exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa, realizado com oito mulheres grávidas cadastradas no Programa de Pré-Natal da Unidade Básica de Saúde do Morro da Liberdade, pertencente ao Distrito Sanitário Sul da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus. Aprovado no CEP da Universidade do Estado do Amazonas sob o CAAE nº 57377816.7.0000.5016. A coleta de dados ocorreu por meio de aplicação de um formulário semiestruturado. Os dados foram tabulados e dispostos em um banco de dados no Programa Microsoft Office Excel 2010, as questões abertas tiveram análise de conteúdo temático categorial. As gestantes eram multíparas, quando perguntadas como viam e/ou pensavam sobre sua própria gestação, a maioria relatou ter interpretado esse momento as mudanças fisiológicas. Destacaram os diferentes tipos e locais da dor e os enjoos constantes, sobressaindo esse mal-estar aos sentimentos e emoções vivenciados na gestação. Não reconhecem a si mesmas em uma identidade própria, na gestação não se veem como a pessoa mais importante, de onde tudo acontece, apenas como uma ‘barriga com um bebê’ sendo colocadas em segundo plano, merecedora de pouco cuidado e atenção e, por vezes, perdendo sua própria identidade pessoal. Concluiu-se que as gestantes diante de suas gravidezes têm planos para seus bebês, mas não para si, nem tem o mesmo cuidado e planejamento para o futuro. Cabe estimular as gestantes para terem esse olhar do cuidado de si e do que ela representa aos outros ao seu redor.