A promoção da alimentação saudável e/ou restrita em açúcares resultou num aumento do consumo de produtos diets com o objetivo de ingerir menos açúcares. Assim, os alimentos que não possuem açúcar podem ser acrescidos dos edulcorantes, que são substâncias que conferem sabor doce aos alimentos. Contudo, estudos recentes têm demonstrado correlações negativas importantes acerca do uso de adoçantes artificiais e seus impactos sobre a microbiota intestinal. Assim, o presente estudo reuniu dados da literatura que evidenciam os efeitos desses edulcorantes sobre esse microambiente. Para isso, o trabalho se apresenta como uma pesquisa descritiva, retrospectiva, exploratória e qualitativa, de revisão de literatura, através de consultas a artigos científicos publicados entre 2015-2023, indexados nas bases de dados PubMed/MEDLINE, SciELO e LILACS, por meio dos descritores: “sweeteners”, “human microbiota”, “probiotics and sweeteners”, nas línguas portuguesa e inglesa. Ao todo foram encontrados doze artigos dos quais, após filtro de seleção, restaram seis. Entre os principais achados, observou-se que os edulcorantes influenciam em alterações na MI como ganho de peso, inflamação hepática e modulações no trato gastrointestinal. Os achados são na maioria em etapas pré-clínicas. Em contrapartida, há escassez na robustez de estudos realizados em humanos, intervindo em possíveis desfechos conclusivos. A implicação pela experimentação clínica pode ser sugestiva para novos limites autorizados por órgãos responsáveis, ou ainda para a pesquisa de novos edulcorantes mais toleráveis e seguros à saúde humana.