A gestação traz consigo diversas transformações físicas e emocionais, podendo relatar mudança de humor, alterações no estado de saúde e desencadear complicações perinatais caso exista alguma comorbidade ou fatores de riscos preexistentes. O ciclo gestacional que inicia após 35 anos, é definido como gestação tardia. Fenômeno que está cada dia mais frequente mundialmente, levantando a crer que os padrões reprodutivos estão em período de mudança. Nesse sentido obejtivou-se descrever as repercussões da gestação tardia na saúde materno-infantil. Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, de natureza qualitativa sobre a problemática, repercussões da gestação tardia na saúde materno-infantil. Foi detectado que as principais complicações na gravidez em idade avançada estão associadas a senescência ovariana e a frequência de doenças devido à idade da gestante. Dentre essas complicações a hipertensão/pré-eclâmpsia, diabetes, índice de Apgar baixo, parto prematuro e baixo peso ao nascer, são as que mais aparecem na literatura. Dentre as repercussões observa-se que as mulheres carregam uma maior porcentagem de responsabilidade pela contracepção propriamente dita, quando comparado com as responsabilidades masculina. Além da diminuição da taxa de fecundidade está relacionada com o aumento expressivo da participação feminina na população economicamente ativa. Conclui-se a evidência da participação ativa da mulher no mercado de trabalho e a busca pela ascensão profissional tem desmistificado o padrão de vida da sociedade. Hoje a mulher se depara com diversos métodos que a possibilita escolher e postergar uma gestação garantindo controle, mas infelizmente lhe coloca diante de possíveis complicações gestacionais, hormonais e até mesmo uma possível esterilidade a longo prazo. Ficou claro que a gestação tardia é propensa a um maior risco obstétrico, sendo esse grupo frequentemente hospitalizado devido patologias pré existentes, e o risco de aborto é considerado altíssimo nessa faixa etária.