No âmbito da saúde, o conceito de Vigilância surgiu no século XIX, mediante o desenvolvimento de uma maior compreensão da etiologia das enfermidades, passando por diversos desafios e avanços ao longo da história. No Brasil, as intervenções das vigilâncias epidemiológica e ambiental foram atribuídas à Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), instituída em 2003 pelo Ministério da Saúde, apoiando as instâncias estaduais e municipais e coordenando nacionalmente todas as ações executadas pelo SUS nessa área. Em 2020, a vigilância em saúde sofreu bastante notoriedade devido ao decreto da pandemia no novo coronavírus (Covid-19), na qual foram necessárias o desenvolvimento de diversas ações para controlar o avanço e diminuir os danos à saúde causados pelo vírus em questão. Ressalta-se a maneira antecipada em que a SVS estabeleceu algumas ações que se apresentavam como necessárias à época e que ainda hoje seriam essenciais para o controle da pandemia, como a adesão às medidas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), havendo posteriormente uma avaliação diária de risco. Portanto, o objetivo deste artigo é refletir sobre a relevância do Sistema de Vigilância em Saúde no Brasil, apresentando uma visão geral sobre sua trajetória histórica, normas, funcionamento e seu papel durante a pandemia do Covid-19, ofertando como conclusão a constatação da relevância dessa agenda e necessidade de um maior engajamento populacional no apoio à continuidade e à modernização desse sistema.