Introdução: A sífilis materna/congênita é o modo de transmissão de maior impacto para a saúde pública devido à alta frequência com que produz desfechos graves para a gestante e para a criança, a exemplo de parto prematuro, óbito fetal e neonatal e infecção congênita do recém nascido. Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico da sífilis materna e congênita no Piauí no período de 2008 a 2018. Metodologia: Estudo epidemiológico e descritivo que analisou através de dados secundários do Sistema de Informação de agravos de notificação (SINAN), disponíveis no Departamento de Informática do SUS (DATASUS), os casos de sífilis materna e congênita no período de 2008 a 2018 no estado do Piauí. Resultados: Os resultados demonstram 2959 casos de sífilis em gestantes e 2748 casos de sífilis congênita. O maior índice de casos foi entre 2015 e 2017 e o índice de mortalidade das crianças com sífilis congênita aumentou bruscamente em 2017. Percebeu-se que a faixa etária de 20 a 39 anos é a mais afetada e que o grau de escolaridade influencia quanto a tomar medidas preventivas. Conclusão: Para garantir o controle da sífilis gestacional e consequentemente a congênita, torna-se necessária a adoção de medidas mais efetivas de prevenção e controle aplicadas sistematicamente.