A humanização do parto e do nascimento envolve a relação empática desenvolvida entre profissionais da saúde e parturientes, visualizando a parturição como evento fisiológico. Tal fato vislumbra uma vivência positiva para o binômio mãe-bebê e, no atual contexto pandêmico, tornou-se uma preocupação, tendo em vista a adoção de medidas restritivas para conter a disseminação da Covid-19 nas maternidades. Visando a prestação de um serviço respeitoso, mesmo em um período de pandemia, delimitou-se, como objetivo da pesquisa, identificar os desafios encontrados por profissionais de saúde na humanização do parto e nascimento no contexto da pandemia da Covid-19 em maternidades do estado do Ceará. Trata-se de estudo descritivo e exploratório, de abordagem qualitativa. Participaram 25 profissionais multidisciplinares de maternidades públicas e privadas do estado do Ceará, por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas via Google forms. A coleta de dados aconteceu de setembro de 2020 a setembro de 2021. Optou-se pela análise de Bardin, em que emergiram quatro categorias - aplicação das políticas de humanização de assistência ao parto e ao recém-nascido na prática da equipe multidisciplinar; percepção acerca da implementação das práticas de assistência ao parto/nascimento no contexto da pandemia da COVID-19; maiores desafios da assistência humanizada ao parto durante a pandemia de COVID-19 e estratégias de enfrentamento para minimizar a sobrecarga e o desgaste no trabalho durante o período da pandemia de COVID-19. Concluiu-se que o objetivo da pesquisa foi atendido, além de proporcionar uma análise detalhada do perfil profissional dos servidores e das demandas relacionadas às práticas dos protocolos e orientações propostos pela Organização Mundial da Saúde e pelo Ministério da Saúde, além de descrever o modelo de assistência prestado a gestantes nas maternidades do Ceará.