Introdução: O aborto é um tema relevante para a saúde pública, em face de sua representatividade entre as causas de mortalidade, morbidade materna e complicações físicas e psicológicas trazidas às mulheres. Objetivo: Analisar os dados epidemiológicos sobre o aborto nas capitais do nordeste do Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico com abordagem quantitativa-descritiva. Os dados foram coletados de mulheres residentes nas capitais nordestinas que apresentaram internação por outras gravidezes que terminaram em aborto com registro no Sistema de Informações Hospitalares (SIH), por local de internação, no ano de 2019, disponíveis no Departamento de Informática do SUS (DATASUS), tabulados pelo TABNET referente aos casos de morbidade hospitalar e óbitos fetais por aborto das capitais nordestinas no período de janeiro a dezembro de 2019. Resultados: Observou-se que há um número elevado de abortamento nas capitais nordestinas, com prevalência em mulheres jovens, pardas e com ensino médio. Em relação aos óbitos fetais considerados aborto, com duração da gestação de menos de 22 semanas e de peso ao nascer de menos de 500 gramas, tiveram maior prevalência as capitais Salvador e Fortaleza. Conclusão: Assim, ressalta-se a importância de reorganizar e implantar políticas sociais e públicas de saúde que estimulem a diminuição desses fatores de risco modificáveis.