As feiras agroecológicas protagonizadas por agricultores familiares são caracterizadas como circuitos curtos de comercialização por propiciarem a venda direta entre o agricultor e o consumidor. Trata-se de um estudo de caso descritivo que objetivou caracterizar a comecialização de produtos no modelo de circuito curto vivenciado na feira agroecológica do município de Cuité/PB, apontando suas potencialidades e dificuldades. Como público alvo adotou-se o grupo de agricultores que comercializam e já comercializaram seus produtos na feira e o coordenador dela. Foram aplicados questionários estruturados e semiestruturado para eles, respectivamente, para serem avaliados posteriormente. Como potencialidades destacaram-se a melhoria de renda das famílias, a interação entre agricultores e consumidores, favorecendo o compartilhamento de saberes e o desenvolvimento de habilidades de vendas pelos produtores. A pouca valorização e divulgação, as péssimas condições das estradas e a ausência de transportes adequados foram os desafios apontados. Tais resultados permitem uma maior compreensão no processo de produção e comercialização, evidenciando a necessidade de prestação de assistência técnica de forma igualitária a todos e de apoio para divulgar e fortalecer a feira como um canal de comércio curto e sustentável que contribua para a garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada e dê um incentivo aos agricultores familiares.