A Organização das Nações Unidas alerta que o mundo passará por outra forte crise, dessa vez na saúde mental, como consequência da atual pandemia pelo COVID-19. Estudos qualitativos identificaram uma série de respostas psicológicas à quarentena, como confusão, medo, raiva, luto, dormência e insônia induzida por ansiedade. Além disso, com base em evidências científicas constatadas em epidemias anteriores, estima-se que distúrbios como transtorno de ansiedade generalizada, depressão e transtorno de estresse pós-traumático sejam ampliados significativamente. Viu-se que a política do isolamento, por mais benéfica que possa ser no controle da propagação da doença, ela pode ser responsável por desencadear tais distúrbios psicológicos, que por vezes podem apresentar-se de forma permanente. Ademais, a gama de informações contrastantes e de cunho trágico também corrobora para o grande impacto na saúde mental dessas pessoas. Isso, pois, alimenta ainda mais as sensações de medo, incertezas e insegurança com que o que está por vir. Com base, portanto, em eventos anteriores, foi possível averiguar que a terapêutica multidisciplinar possui significativo impacto positivo, tanto aos pacientes, quanto às equipes de saúde frente ao combate à pandemia. Este trabalho objetiva enumerar as repercussões sobre a saúde mental derivadas de longos períodos de isolamento social e propor medidas de intervenção capazes de minimizar as consequências.