Introdução: Nas últimas décadas, houve aumento de doenças infecciosas emergentes e reemergentes. Estas, em dispersão pandêmica, exacerbam mundialmente iniquidades existentes e mulheres são desigualmente afetadas, posto os históricos desprivilégios socioeconômicos, étnicos, culturais e de gênero. Objetivo: Fazer uma revisão de literatura para avaliar os impactos de uma pandemia na Saúde da Mulher. Metodologia: Revisão integrativa de literatura com os critérios de inclusão: a) existência do resumo; b) texto gratuito; c) estudos em humanos; d) abordagem da temática. Consultou-se as bases de dados PubMed, BVS e Lilacs, com os descritores “Saúde da Mulher” e “Pandemia”, encontrando 527 artigos e incluindo 13, que atendiam aos critérios eleitos. Resultados: A pesquisa revelou que no surto de Ebola, questões de gênero e saúde integral da mulher eram invisíveis nas respostas internacionais a curto e longo prazo, ocasionando aumento de 75% na mortalidade materna, maior incidência de desfechos adversos, menor procura de assistência e maior infecção em mulheres, dada a exposição ocasionada por práticas socioculturais. Apesar de representarem 70% da força de trabalho em saúde e assistência social, em alguns países, e maioria em trabalhos humanitários, somente 25% dos cargos de liderança em organizações humanitárias são de mulheres. Ademais, epidemias passadas mostraram aumento da violência contra a mulher, e, mulheres grávidas, em tratamento para doenças crônicas e com menos proteção social estão mais vulneráveis à SARS-CoV-2. Considerações Finais: Destarte, é profícuo compreender as implicações atuais e futuras de uma pandemia para mulheres, a fim de que as respostas globais não convirjam com iniquidades existentes.