Nas últimas décadas no Brasil a abordagem terapêutica ao paciente com transtorno mental (TM) sofreu mudanças significativas oriundas do movimento da reforma psiquiátrica, trazendo consigo e permitindo um novo olhar é uma nova perspectiva no cuidado ao indivíduo com TM, possibilitando ainda de maneira cientifica e segura o uso de uma abordagem terapêutica farmacológica. Diante da abordagem farmacológica, em especial o uso de psicofármacos, é importante que os profissionais de saúde que estão inseridos nos centros de atenção psicossocial (CAPS) estejam atentos ao consumo de álcool pelos pacientes em virtude do risco da interação medicamentosa, trazendo consigo potenciais riscos à sua saúde física e mental. Esse trabalho tem como objetivo identificar quais evidências científicas estão disponíveis na literatura nacional a respeito da interação entre psicofármacos prescritos para o tratamento do transtorno mental e sua interação com o uso de álcool no período de 2003 até 2023. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura (RIL) realizada de janeiro até junho de 2024 na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) a partir dos seguintes descritores em ciências da Saúde (DeCs): “Psicofármacos”, “Interação de Medicamentos”, “Consumo de álcool”, tendo como amostra final 8 artigos. Observa-se que o uso de álcool é um dos desafios enfrentados na prática clínica por parte dos profissionais da saúde, visto que a interação dessa substância acaba resultando em efeitos adversos significativos, incluindo a amplificação ou redução dos efeitos terapêuticos dos psicofármacos e o aumento do risco de complicações de saúde, destacando-se principalmente um alto risco para cardiotoxicidade.