A violência contra a mulher é um problema de saúde pública que merece atenção dentro da Estratégia Saúde da Família, haja vista seu carater de porta de entrada do Sistema Único de Saúde. Diante disso, objetivou-se conhecer a atuação dos profissionais da Estratégia Saúde da Família frente o atendimento das mulheres vítimas de violência doméstica. Para tanto, tem-se como método um estudo descritivo e qualitativo, realizado em uma Estratégia de Saúde da Família do interior Cearense com 8 profissionais da referida unidade de saúde. Foram aplicados um questionario sociodemográfico e um roteiro de entrevista semi-estruturada com questões acerca da atuação dos profissionais frente a violência contra a mulher. Os dados foram analisados conforme o referencial de análise categorial de Minayo. Foram obedecidas as medidas preventivas com relação ao coronavírus, bem como, os preceitos éticos das resoluções 466/2012 e 510/2016. Os dados geraram as seguintes categorias temáticas: i) Experiências frente casos de violência doméstica contra a mulher e ii) Percepções acerca das capacitações sobre violência doméstica contra a mulher. As principais fragilidades estão ligadas ao medo tanto da vítima quanto do profisional e a potencialidade que mais se destaca se relaciona ao vínculo criado com a mulher. Compreende-se que ações de capacitação sobre o assunto são indispensáveis para potencializar a uma assistencia eficaz a mulher em situação de violência.