Introdução: A amamentação é uma prática importante e considerada como fator de proteção para os transtornos alimentares. O momento de introdução de outros alimentos durante a infância também tem sido considerado um aspecto importante na atenção à criança, até por suas possíveis consequências sobre a saúde ao longo de toda a vida. Objetivo: Verificar a percepção materna sobre amamentação e os fatores associados à introdução precoce da alimentação complementar. Metodologia: Estudo de natureza descritiva do tipo transversal de caráter quantitativo. Realizado em 4 Unidades Básicas de Saúde no município de Currais Novos-RN, Brasil. Um questionário foi aplicado às mães que acompanhavam seus filhos na consulta de Crescimento e Desenvolvimento (CD). Resultados: A maioria das mães afirmou receber orientações de amamentação no pré-natal e na lactação (89,9%). Quando questionadas em relação à idade preconizada pelo Ministério da Saúde em manter o aleitamento materno exclusivo, apenas 21,2% dessas mães orientadas não souberam responder corretamente. Percebeu-se que 96% das mães consideram a amamentação uma prática importante. A introdução precoce da alimentação complementar se fez presente em algumas crianças e o alimento mais citado pelas mães foi o mingau com leite (48,5%). Discussão: As mães são orientadas e apresentam boa percepção quanto ao AME, porém não dão continuidade à amamentação por diversos motivos, dentre os quais: mitos em relação ao leite, trabalho e nova gravidez. Conclusão: Para as mães entrevistadas, os profissionais de saúde repassem importantes informações sobre a alimentação da criança nos primeiros seis meses de vida. Entretanto, para favorecer a aplicação dessas orientações, vislumbra-se a necessidade da construção de uma conscientização mais efetiva e humanizada das mães, que possibilite maior eficácia.