A Covid-19 é uma infecção aguda do trato respiratório, identificada pela primeira vez em Wuhan, na China, no ano de 2019, atingindo rapidamente uma distribuição global e taxas preocupantes de morbimortalidade devido à alta transmissibilidade e gravidade. Após a recuperação da infecção aguda por Covid- 19, alguns pacientes podem apresentar sintomas como cansaço excessivo, mialgia, anosmia, disgeusia, falta de ar, zumbido, tontura, sudorese, ansiedade e insônia, entre outros por tempo prolongado, sendo a ocorrência deste evento denominado Síndrome pós-Covid-19 ou Covid persistente. OBJETIVO: Verificar a prevalência e evolução da Síndrome pós COVID-19 no Brasil e no mundo, traçar o perfil epidemiológico da população acometida e verificar a presença de comorbidades prévias nessa população. METODOLOGIA: Revisão Sistemática da literatura, para a qual foram pesquisados artigos nas bases de dados PubMed, Scielo e LILACS, utilizando-se os descritores “COVID-19” E “Síndrome pós- COVID-19” E “Prevalência” publicados nos idiomas português, inglês ou espanhol no período de 2020 a 2021.RESULTADOS: A quantidade de estudos sobre o tema no mundo é escassa e no Brasil, não foi encontrado qualquer estudo. Aplicando-se os critérios de inclusão, foram aproveitados 8 estudos, sendo 4 em países da Europa (Inglaterra, França, Itália, Holanda / Bélgica); um multicêntrico (Estados Unidos e mais 55 países); 2 no continente asiático (Índia) e um no continente africano (Zambia), sendo estudados 5.969 pacientes. A prevalência da Síndrome Pós-COVID-19 variou de 26% a 91,8% nos estudos analisados, e teve a duração igual ou acima de 90 dias em todos os estudos. A prevalência de comorbidades esteve presente em todos os estudos, sendo as principais Diabetes mellitus, Hipertensão arterial sistêmica e doenças cardiovasculares. O perfil epidemiológico mostrou um maior percentual de mulheres acometidas na maioria dos estudos e média de idade que variou de 30 a 71,3 anos. CONCLUSÃO: Apesar da escassez de estudos sobre o tema em todo o mundo, a Síndrome Pós COVID-19 apresentou uma prevalência significativa e duração prolongada, principalmente entre mulheres, com idade entre 30 e 71,3 anos e portadoras de comorbidades, prévias, sendo mais prevalentes a Diabetes mellitus, a Hipertensão Arterial Sistêmica e as doenças cardiovasculares.