O coração é um órgão muscular oco composto por 4 câmaras (átrios e ventrículos), responsável pelo bombeamento de sangue oxigenado nos pulmões para todo o corpo através dos vasos sanguíneos por meio de impulsos elétricos advindos do nó sinoatrial, sendo o funcionamento deste afetado por diversas condições fisiopatológicas. A pandemia pelo novo coronavírus expôs desafios para cardiologistas, haja vista que os pacientes hospitalizados pela doença podem ser previamente arrítmicos, desenvolver novas arritmias ou serem expostos ao risco de distonias cardíacas devido a implementação de terapias para COVID-19. Assim, objetivou-se reconhecer na literatura evidências sobre a atuação do novo coronavírus na eletrofisiologia cardíaca. Para isso foi realizada uma revisão integrativa da literatura nas bases de dados LILACS, SCIELO, MEDLINE E BDENF, utilizando como critérios de elegibilidade artigos publicados na íntegra, na modalidade de artigo original e gratuito, nos idiomas inglês e português, publicados no período de 2017 a 2021. Serão excluídos artigos de uso restrito ou pagos, incompletos, indisponíveis, repetidos, de revisão de literatura de qualquer natureza, monografias, dissertações, teses, guias e outros, além dos que não atendessem a temática selecionada. Foram selecionados15 artigos para a amostra final. Foram elencadas duas categorias: 1) a infecção por COVID-19 como protagonista das arritmias e 2) O tratamento da COVID-19 como vilão da eletrofisiologia cardíaca. Identificou-se que ao ser acometido pela infecção por COVID-19, o organismo humano reage causando lesões cardíacas e consequentemente distúrbios elétricos. Para além disso, ainda estão sendo realizados estudos sobre dosagens terapêuticas de medicamentos para o novo coronavírus. Apesar da relação entre COVID-19 e distúrbios elétricos ainda necessite ser melhor elucidada, reconhece-se a importância desta entidade patológica pra a gravidade da lesão cardíaca. Recomenda-se que sejam realizados novos estudos a longo prazo, diversificando o percurso metodológicos fim de se obter mais dados para fundamentar as práticas assistenciais.