Introdução: Segundo o ranking da Universidade de Johns Hopkins (JHU), o Brasil possui, no dia 22/08//2020, o total de 3.532.330 casos confirmados da doença, sendo, atualmente, o segundo país com maior número de infectados. Entre a parcela mais predisposta ao agravamento do quadro sintomatológico de infecção, destaca-se o chamado grupo de risco, correspondente a: idosos, indivíduos com doenças crônicas e outras comorbidades associadas, indivíduos portadores de neoplasias, de HIV e de outras doenças imunossupressoras, entre outras. Objetivos: Analisar a incidência e o perfil da população de risco à COVID-19 no estado do Pará. Material e Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, descritivo e retrospectivo, pautado em dados fornecidos pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013, pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (FAPESPA) e pela Secretaria de Saúde do estado do Pará (SESPA) de dados, sobre a COVID-19, correspondentes ao período de 18/03/2020 a 25/08/2020. Resultados: De acordo com o último anuário estatístico disponibilizado pela FAPESPA, o estado do Pará conta com uma população de 8.104.880 habitantes, dos quais 549.470 correspondem a pessoas com mais de 60 anos. Somado a isso, análise de dados da PNS mais recente publicada, baseada na amostragem de 6.582 pessoas do estado do Pará, indica que, estatisticamente, 25,2% da população possuem dislipidemias, 20,2% cardiopatias, 13,1% hipertensão, 4,1% asma, 3,8% diabetes e 0,6% neoplasias. Em meio ao período analisado da pandemia, a SESPA registrou um total de 3678 óbitos no estado, dos quais cerca de 71% (N=2637) representam indivíduos com mais de 60 anos de idade, estando entre as comorbidades mais comuns de pacientes infectados, com cerca de 11%, as cardiopatias e o diabetes. Conclusão: Os dados coletados estabelecem um panorama da representação dos grupos de risco no estado, evidenciando sua correlação à taxa de letalidade pela doença.