O Brasil registrou nas últimas 3 décadas redução considerável da mortalidade infantil acompanhada de uma lenta redução da mortalidade neonatal e aumento dos nascimentos pré-termo. Apesar da redução em todo território, pontos como a desigualdade social, econômica e acesso aos serviços de saúde que atendem ao grupo materno-infantil, podem influenciar na ocorrência da mortalidade infantil, o que corrobora com as taxas elevadas observadas nas regiões Norte e Nordeste, sendo a prematuridade e o baixo peso ao nascer as principais características associadas aos óbitos neonatais no país. Esses óbitos podem ser alvo de intervenções e sua prevenção consiste no acesso a cuidados de alta qualidade no período de pré-natal, parto e imediatamente após o nascimento. O presente estudo busca ações voltadas às resoluções de situações e problemas individuais e coletivos no âmbito da atenção primária à saúde e tem como objetivo estimular o cuidado no pré-natal em meio à pandemia por COVID-19. Para isso, usamos a pesquisa-ação, sendo uma pesquisa interpretativa que abrange a identificação do problema dentro de um determinado contexto social e/ou institucional, o levantamento de dados pertinentes ao problema, à análise e significação dos dados obtidos pelos participantes, a identificação da necessidade de uma mudança, a criação de possíveis soluções e por fim, a intervenção e/ou ação propriamente dita. Dessa forma, observou-se que apesar das adversidades impostas pelas atuais circunstâncias oriundas da pandemia, os resultados da intervenção foram de encontro com os relatos na literatura no tocante a resinificar e reinventar os grupos de atenção primária, fazendo uso de tecnologias presentes no cotidiano. Apesar de todos os desafios e alterações ao longo do projeto, os resultados demonstraram que as ações realizadas foram efetivas, trazendo contribuições para a unidade de saúde e para as gestantes que participaram do estudo.