Introdução: Um novo vírus denominado coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2) foi identificado entre pacientes com pneumonia na China, em dezembro de 2019. Nesse contexto, emerge um debate acerca da suscetibilidade das gestantes à COVID-19, grupo considerado particularmente vulnerável a patógenos respiratórios, e que em meio a pandemia enfrenta precariedade na assistência pré-natal. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa cujo objetivo foi responder ao seguinte questionamento: " Quais as repercussões da COVID-19 em mulheres grávidas?”. Para tanto, as buscas por artigos ocorreram nas bases de dados Pubmed e Scielo em agosto de 2020. Resultados: Foram selecionados 15 artigos para esta revisão, sendo todos publicações estrangeiras. A maior parte tem como país de origem a China (46,67%) e 40% deles são classificados como relato de caso. Discussão: Grande parcela das gestantes diagnosticadas com COVID-19 apresenta doença com curso leve ou assintomático sendo que os sintomas mais comuns são febre e tosse. No entanto, alguns casos de gestantes com a doença, podem apresentar complicações de rápida evolução, com deterioração clínica rápida, por vezes, fatal. Contudo, há poucas evidências que indiquem pior desfecho em gestantes, uma vez que a maioria apresenta características clínicas, laboratoriais e radiológicas semelhantes às de pacientes não grávidas. Hipóteses quanto à transmissão vertical da COVID-19 foram levantadas. Entretanto, diversos estudos não verificaram esse resultado, não havendo evidências concretas de transmissão intrauterina do SARS-CoV-2. Conclusão: Estudos mais detalhados e com amostras mais robustas são necessários para melhor compreensão das repercussões da COVID-19 em gestantes. Não há evidências concretas de transmissão intrauterina do COVID-19. A literatura ainda diverge no tocante à estratificação das gestantes como grupo de risco para a COVID-19.