A preocupação com o quantitativo de ventiladores mecânicos (VM), durante a pandemia COVID-19, levou à adoção de novas medidas como a publicação novas resoluções para aumento de sua produção, e a adoção de estratégias de cooperação intersetorial para manutenção dos equipamentos fora de conformidade. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) realiza o controle sanitário dos VM, com a certificação da conformidade cabendo ao Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade (SBAC). Objetivo: Apresentar aspectos relacionados à regulamentação metrológica dos ventiladores mecânicos, a sua nova regulamentação durante o período de pandemia, e estratégias de aumento da disponibilidade destes equipamentos na rede de saúde pública. Metodologia: Realizada revisão narrativa da literatura científica. Resultados: Até a pandemia COVID-19, novos VM deveriam possuir registro na ANVISA e certificação do SBAC, um processo demorado. As normas sanitárias, vigentes até então, estão na NBR-ISO 80601-2-12:2014 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A ANVISA criou procedimentos extraordinários para a produção de novos VM, com a publicação das Resoluções da Diretoria Colegiada (RDC) números 349, 356, 378 e 379 de 2020. Desde então as empresas estão dispensadas do certificado de boas práticas, e da certificação do SBAC. Renovação automática foi concedida aos VM com certificado de registro vencido. Os fabricantes devem fornecer suporte pós comercialização, no entanto, as novas normas não deixam claro a organização deste suporte. Conclusões: A nova regulamentação busca ampliar a disponibilidade de VM. É ainda necessário que sejam pensadas estratégias de garantia da conformidade dos novos ventiladores. Estratégias de alocação não são citadas, sendo desejável considerar o acesso das populações mais vulneráveis aos novos VM.