Introdução: Em meio a emergência ocasionada pela disseminação do novo Coronavírus (SARS-CoV-2), o papel de atuação dos profissionais da saúde tornou-se ainda mais fundamental, como é o caso da área de enfermagem – peças indispensáveis à sustentação do sistema de saúde em frente à pandemia. Dessa forma, diante do aumento da demanda por atendimento e do contato e manejo direto com pacientes infectados pela COVID-19, a taxa de contaminação dessa parcela vem tornando-se cada vez mais significativa, em especial no Brasil. Objetivos: Analisar o perfil de incidência da COVID-19 entre profissionais da enfermagem atuantes no Brasil. Material e Métodos: Trata-se de um estudo ecológico e retrospectivo, baseado em dados de autoria do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), disponibilizados pela ferramenta “Observatório da Enfermagem” e coletados do dia 20/03/2020 ao dia 12/06/2020. Resultados: O presente estudo identificou que o Brasil apresenta, entre a parcela de profissionais da enfermagem acometidos pela Covid-19, 17.816 casos e 342 óbitos confirmados, configurando uma taxa de letalidade de 1.91% na profissão. Regionalmente, o Nordeste brasileiro registrou o maior número de casos, sendo o Sudeste correspondente à localidade com maior número de profissionais mortos. A partir da análise de casos notificados a cada 1000 trabalhadores dessa categoria profissional, observou-se a maior taxa de prevalência nos estados do Acre e Amapá. Entre a parcela infectada, cerca de 83% dos casos notificados são do sexo feminino, com a faixa etária predominante entre 31- 40 anos; já, entre os pacientes que evoluíram a óbito, o sexo feminino corresponde a 37% do total, sendo a faixa etária mais acometida entre 51- 60 anos. Conclusão: A partir da coleta dos dados, nota-se, além do estabelecimento de um panorama atualizado acerca das variáveis relacionadas à prevalência da doença na profissão, o significativo acometimento dessa parcela em meio à pandemia de COVID-19.