Os polissacarídeos sulfatados (PS) têm chamado a atenção dos pesquisadores por estarem envolvidos em diversos processos celulares, podendo ter potencial farmacológico, desempenhando papéis como antitrombótico, antioxidante, anticoagulante, antiviral, anti-inflamatório e antiproliferativo. A heparina, pertencente a esta família, apresenta atividade anticoagulante e é utilizada em clínica há mais de 70 anos. No entanto, tem muitos efeitos colaterais que levam os pesquisadores a buscar fontes alternativas sendo os organismos marinhos uma dessas fontes de inspiração para encontrar novas drogas. Nas algas, esses PS são constituintes complexos da matriz extracelular e apresentam ampla variação estrutural, sendo importantes para suas funções específicas. Portanto, o presente trabalho tem por objetivo estudar a estrutura e o potencial anticoagulante da PS extraída da alga marinha Gracilaria caudata. Um conjunto de métodos relacionados para a purificação foi realizado e as amostras purificadas, denominadas GCAU-sol-p e GCAU-insol-p, foram desafiadas em ensaios anticoagulantes, onde a fração GCAU-sol-p mostrou-se inativa enquanto a GCAU-insol-p possui uma potência ~ 114 vezes menor do que a heparina não fracionada (HNF). A fração GCAU-sol-p apresentou como monossacarídeos constituintes: Gal (70%) e Glc (30%). Além disso, o espectro de 1H-NMR de ambas as frações, foi diferente, mas apresentou quatro sinais entre 5,0 - 5,4 ppm, que indica a presença de anômero ?.