O Transtorno de Acumulação caracteriza-se pela ausência de condições mínimas para cuidado com os animais, tentativas incessantes de manter e/ou aumentar o número de animais, negação sobre as consequências e a falta de visão sobre o problema. Dessa forma, afeta a saúde dos acumuladores, suas famílias, animais, meio ambiente e vizinhos próximos. Mediante esses impactos, nota-se a necessidade de discussões e estudos na área, na perspectiva de fomentar o reconhecimento de ações no contexto da Saúde Pública. Sendo assim, este trabalho refere-se a uma pesquisa de revisão bibliográfica, com levantamento realizado pela plataforma Google Acadêmico, com o uso do descritor “Transtorno de Acumulação de Animais”. Incluíram-se, artigos com resumos que incluíssem elementos, como: o impacto que ocasiona a saúde pública; o risco a saúde mental e físico do acumulador e a sanidade dos animais que vivem no contexto de aglomeração/superlotação. Todavia, avaliou-se a existência de poucos estudos relacionados a acumuladores de animais, relacionado principalmente, a complexidade de realizar estudos com esses indivíduos, devido sua indisponibilidade de participação; a baixa identificação de casos pelos órgãos responsáveis; bem como, a dificuldade de acompanhamento profissional e a realização do diagnóstico correto. Diante do exposto, conclui-se que o transtorno de acumulação, necessita de maior visibilidade no campo de estudo em saúde pública, por apresentar repercussões multidimensionais. Entretanto, é preciso vencer as barreiras e fortalecer as políticas públicas, no sentido de acolhimento e acesso a serviços de saúde, entre outros, pela solidão e isolamento social que o transtorno desenvolve na vida dos sujeitos, gerando muitas vezes a recusa e ausência de busca por profissionais e atendimentos de referência. Portanto, enfatiza-se a estratégia de redução de danos, como uma das mais indicadas de intervenção, realizada através da atuação de uma equipe multidisciplinar, com envolvimento da rede de suporte dos sujeitos e sua família.