A presente pesquisa teve como objetivo estudar a produção científica brasileira no setor da saúde a partir de 2008. O esforço de pesquisa se justifica pois em 2008 foi promulgada a lei que criou os Microempreendedores Individuais. Isso acarretou uma flexibilização das relações formais de emprego. As mudanças na legislação trabalhista brasileira ocorridas em 2017 tornaram mais profundas essa flexibilização. O objetivo central do trabalho foi identificar o nível de maturidade das pesquisas no tocante ao empreendedorismo, para saber se os trabalhos apontam para o fato de que todo profissional da saúde tem um potencial para se tornar um empreendedor. O método utilizado foi de revisão sistemática da literatura. Foram pesquisados artigos científicos brasileiros nas bases do Google Acadêmico e Scielo. As profissões da saúde estudadas foram medicina, enfermagem, fonoaudiologia, nutrição, odontologia e fisioterapia. Os dados mostraram que na enfermagem existe uma maturidade sobre a consciência empreendedora significativamente maior do que para as outras profissões. Na sequência vem fonoaudiologia, odontologia, medicina, nutrição e, por derradeiro, a fisioterapia. O nível de maturidade sobre o potencial empreendedor para cada uma dessas cinco profissões é considerado baixo. Os dados sugerem que a grade curricular de cada um dos cursos das profissões estudadas deveria conter uma abordagem sobre o empreendedorismo e gestão de pequenas empresas, visto que a tendência de que os profissionais da saúde atuem como gestores de pequenos negócios, ao invés de empregados celetistas, é grande. No setor da saúde há um enorme campo de possibilidades para desenvolver novos empreendimentos, seja pela inovação, seja pela identificação de oportunidades. A pesquisa concluiu que o profissional da saúde, além de impactar positivamente no bem-estar do seu paciente, pode contribuir com geração de riqueza como empreendedor.