As doenças negligenciadas têm forte relação com países subdesenvolvidos. A leishmaniose e a doença de Chagas são doenças que afetam 20 milhões de pessoas no mundo e causam 100.000 mortes por ano no Brasil. A hanseníase representa um grande problema de saúde pública, pelo poder de causar incapacidade física, social e econômica. A tuberculose continua a ser uma doença comum e um problema complexo em sua relação epidemiológica. O Brasil permanece na lista de países com alta carga de tuberculose e sem alcançar as metas de controle. Este trabalho teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico das doenças: leishmaniose, doença de Chagas, hanseníase e tuberculose de países subdesenvolvidos. Foram selecionados artigos científicos, publicados nos últimos anos, com buscas nas bases de dados Medline-NLM, Medline-EBSCO, Scopus da Elsevier, PubMed, Google Acadêmico, com o objetivo descrever as abordagens clínica e epidemiológica das doenças tropicais negligenciadas. Os dados epidemiológicos, revelaram que os agravos dessas doenças envolvem, pelo menos, dois bilhões de pessoas, ocorrendo em mais de 80 países (correspondendo a 40,0% do total de países no mundo). Do ponto de vista epidemiológico, a doença de Chagas constitui basicamente um problema da América Latina. Portanto, as desigualdades regionais de desenvolvimento econômico e social, têm relação direta com a epidemiologia das doenças infectocontagiosas.