Introdução: Em 2015 o Brasil passou por um episódio de epidemia devido ao surto do Zika vírus, que causou um aumento repentino no número de casos de alterações congênitas em recém-nascidos associados a um aumento significativo nos relatos de microcefalia. Objetivo: Avaliar o perfil clínico-epidemiológico de crianças com microcefalia associada ao Zika vírus e esclarecer a importância da assistência por uma equipe multiprofissional na rede de atenção à saúde. Metodologia: Revisão seletiva da literatura nas bases de dados PubMed, LILACS e SciELO. Foram selecionados artigos em inglês ou português, publicados no período de 2015 a 2019, utilizando-se os descritores em inglês: “zika vírus”, “microcephaly”, “primary health care”, “public health” e “treatment”. Resultados: Dificuldades no controle vetorial, deficiências nas ações voltadas ao planejamento familiar e falhas na atenção materno-infantil, contribuíram para que a microcefalia em bebês, atingisse principalmente famílias de baixa renda, residentes em regiões menos desenvolvidas. A microcefalia consiste em um dano cerebral que ocasiona alterações neuropsicomotoras e que necessita de estimulação precoce logo após o diagnóstico, para que se possa atingir o potencial de desenvolvimento da criança. Conclusão: O perfil clínico-epidemiológico de crianças com microcefalia ocasionada pelo Zika no Brasil, é uma questão de saúde pública, na qual a assistência multiprofissional e interdisciplinar tem forte influência na eficácia da reabilitação neuropsicosocial.