Introdução: A perda da visão pode ser considerada uma das causas mais incapacitantes para o ser humano e apresenta uma relação estreita com a senilidade. Objetivo: Estimar a expectativa de vida com perdas visuais, por sexo, ao nascer e aos 60 anos, para as regiões Norte e Nordeste do Brasil. Método: Foi utilizado o método Sullivan, combinando a tábua de vida e as prevalências de perdas visuais no período. Empregou-se dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013 e Tábuas de Vida Completas, por sexo, publicadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Resultados: Em 2013, ao nascer, os homens da região Norte poderiam esperar viver 68,2 anos, sendo 12,2 anos com perdas visuais (17,9%). Já as mulheres, esperariam viver 75,3 e 15,9 anos (21,1%), respectivamente. Quanto a região Nordeste, na população masculina, o número médio de anos vividos com perdas visuais era de 13,5 anos, ou seja, 19,8% dos 68,1 anos. Já na feminina, era de 19,1 anos (25% dos 76,4 anos). Conclusão: Em um cenário de envelhecimento populacional e aumento da longevidade, os resultados do presente estudo podem auxiliar no planejamento de demanda por serviços e cuidados para problemas visuais.