Introdução: As doenças negligenciadas (DN) estão intimamente relacionadas a condições sociais relativamente baixas e contribuem para o fortalecimento das desigualdades sociais. Áreas tropicais possuem a maior carga dessas doenças que são de notificação compulsória. No Brasil e em Alagoas, as DN são consideradas um problema de saúde pública. Objetivo: Descrever a prevalência de DN recorrentes em Alagoas no período de 2013 a 2017 e descrever as contribuições de enfermagem para o controle destas doenças no estado. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada entre maio e setembro de 2020, através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os dados coletados foram referentes aos anos de 2013 a 2017, e são apresentados através de uma análise descritiva básica. Resultados: As DN recorrentes no estado foram: Dengue, tuberculose, esquistossomose e leishmaniose visceral. De 2013 a 2017, Alagoas registrou 73.474 prováveis casos de dengue, 7.251 casos confirmados de TB, 293 de esquistossomose e 178 de leishmaniose visceral. Para o controle destas DN, a enfermagem atua realizando o processo de educação continuada, realizar notificação compulsória e fortalecer a vigilância epidemiológica. Conclusão: Foi observado no estudo que a dengue é a doença com mais número de casos no estado de alagoas, mas com o decorrer dos anos observados, o número de casos reduziu. No período analisado, notou-se que a TB é uma DN que possui alto índice de casos e que no decorrer dos anos o número de notificações se mantém alto. Nota-se que as contribuições de enfermagem são de suma importância para obter controle dos casos.