INTRODUÇÃO: A sífilis é uma patologia infectocontagiosa de caráter sistêmico, causada pela bactéria Treponema pallidum, que pertence ao gênero Treponema, na qual é classificada como uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST). A sífilis se resume pela transmissão sexual no contato com as lesões contagiantes, conhecida como sífilis adquirida, e verticalmente da mãe para o feto, denominada sífilis congênita (SC). A forma congênita torna-se uma importante causa de abortamento, natimortalidade e malformações. OBJETIVO: O presente estudo teve como objetivo avaliar a prevalência da sífilis congênita no Estado do Maranhão no período de 2015 a 2018. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico de análise retrospectiva e abordagem quantitativa da sífilis congênita no Maranhão. Os dados foram obtidos a partir do Sistema de Notificações de Agravos (SINAN), pertencente ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), entre os anos de 2015 a 2018, levando-se em conta os seguintes indicadores: faixa etária, raça e realização de pré-natal. RESULTADOS: No período analisado foram notificados 4.488 em gestantes e 2.149 casos de sífilis congênita em menores de um ano de idade no Estado do Maranhão, sendo registrado o maior número de casos no ano 2018, com 39,3% (n=842). Em relação a faixa etária da mãe, a mais predominante foi de 20 a 29 anos com 52,2% (n=2345). No que diz respeito a raça, a parda teve o maior número com 76,5% (n==3437). Curiosamente, em 84,4% (n =2149) a presença da patologia esteve associada a realização do pré-natal pela mãe. CONCLUSÃO: Nota-se, que apesar da SC ter seu curso clínico conhecido, essa doença ainda apresenta desfechos negativos. Portanto, é de suma importância que haja medidas satisfatórias de controle e prevenção, assim como a qualidade e eficiência de serviços como o pré-natal.
Palavras-chave: Epidemiologia. Maranhão. Sífilis Congênita.