O Botulismo é ocasionado pelo Clostridium botulinum, uma bactéria da classe gram-positiva. Existem cerca de 8 tipos diferentes de toxinas botulínicas, as quais podem danificar o organismo humano. A toxina botulínica é a toxina de maior efeito tóxico existente. A fisiopatologia da doença envolve o comprometimento da liberação de acetilcolina nas células nervosas, afetando a transmissão nervosa e, consequentemente, levando à paralisia muscular. Existem três principais formas da doença: alimentar, por ferimentos e intestinal. No Brasil a maior parcela de casos de botulismo advém de contaminação alimentar, forma associada ao consumo de alimentos contaminados com a toxina botulínica. O Clostridium botulinum se prolifera com maior facilidade em embalagens de vidro e alumínio, o que se deve ao não seguimento das normas sanitárias adequadamente. Os índices mais elevados de casos no Brasil se encontram na região sudeste e sul, o que pode estar relacionado a maior densidade demográfica e desenvolvimento industrial dessas localidades, aumentando o contato com alimentos processados. As demais regiões brasileiras, tem seus casos de botulismo relacionados a fatores como a elaboração de conservas inadequadamente. Os sintomas mais comuns são: dores de cabeça, vertigem, sonolência, diarreia, náuseas, vômitos e dificuldade para respirar. O tratamento envolve o uso de antibotulínicos e antibióticos. É imprescindível que haja a prevenção acerca dos fatores de risco para a infecção, o que inclui: evitar o consumo de alimentos conservados em latas estufadas, vidros embaçados ou com alterações no cheiro e, em relação ao preparo de conservas caseiras, deve-se obedecer aos cuidados de higiene. Ademais, todas as formas de botulismo podem levar ao óbito, se não tratadas corretamente. Por isso, quando houver a presença de qualquer sintoma, deve-se procurar atendimento médico imediato.